domingo, 10 de agosto de 2008

Saudade...


A cama inerte molda teu corpo
Tua ausência denuncia tristeza,
Sopros, sussurros e brisa
Espalha a poeira espessa...
Dispersa e aplaca saudade, intensa presença
que corrói inteiro por dentro...

A distância carrasca a alma
Que não cala, que não acalma
O tempo prisioneiro do medo...

o corpo clama, a alma revela
o tempo vela saudade, que não finda
incomoda e invade outras praias
e assim a sina, amor... amor... amor...
sem correspondência, sem referência
de opostos lados em rios...

A presença ausente inerte na cama
Clama teu corpo quente ansiando frenesí
É quando caio em mim, metade ali, metade aqui...

E assim se passam os dias
Dias quentes de noites frias
Teu calor ausente e tua brisa leve
A dissipar os sonhos, aumentar ilusões
Do que um dia pode ser
E ambos sabemos que nunca será...

E fico assim... aos pedaços de tí e de mim...

junho de 2008 - Todos os direitos reservados a Roberto Girard

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