domingo, 10 de agosto de 2008

No teu olhar...


Caminhava no teu olhar
As mãos espalmadas, pôsto ventre
Me faziam rugir vertentes,
De sonhos espalhados, distantes
E presentes...

Qual sonhos que se sonha
Em alamedas luzes, que se fazem postas
Presenças latentes, eus errantes
Que se buscam e sentem...

Pausa urge o momento
Que se vela o verbo intenso,
E das mudas bocas se faz preso
O mais pesado eu, liberto em pêlo...

E do encanto que se quebra
Na lucidez prática do dia,
Adormece em estupidez a noite
Libertando os sonhos reprimidos...

E d’um só golpe
Desfere a flecha guerreira,
Que alçada do cume ao monte
Traça o arco dos amantes,
Eternos na essência
Libertos no verbo intenso...



Maio de 2008 - Todos os direitos reservados a Roberto Girard

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